Muitos podem dizer que seguir o propósito de vida requer coragem. Você imagina por quê?
Acredito que o primeiro desafio é compreender qual é o seu propósito de vida, ou seja, o que te motiva, o que te faz sentir alegria, o que te dá prazer e bem-estar, tornando-o realizado.
Por vezes, pode levar anos até você se dar conta daquilo que realmente te faz feliz e pelo qual vale a pena dedicar o restante da sua vida.
Fato é que, quanto mais distante do seu propósito você estiver, no momento em que compreendê-lo, mais desprendimento você precisará ter das coisas que conquistou e pelas quais viveu até então, mas que não condizem com a sua nova forma de ver a vida.
Construir uma carreira é como subir uma montanha em direção ao topo, mirando em um objetivo: realizar-se. O grande dilema em que podemos nos encontrar é se percebermos que subimos a montanha errada.
E escalar uma montanha nova requer coragem. Iniciar essa nova jornada, ou seja, reconstruir a sua vida a partir de novos valores, mais alinhados com seu propósito pode te fazer pensar e repensar várias vezes. Talvez seja um momento propício para realizar um grande exame de consciência.
Pensar em abdicar de uma carreira, de bens e conquistas materiais que não condizem mais com seus atuais valores coloca você em uma saia justa. É um momento de decisões importantes que requerem muita força de vontade e atitude.
Enquanto alguns entenderão suas motivações e te darão incentivo, pois isso também os motiva a refletir sobre suas vidas e suas escolhas, outros poderão te chamar de corajoso mas lhe dizer que não teriam a mesma coragem, talvez em razão de que seus respectivos contextos de vida os levaram a assumir compromissos com os quais não poderiam faltar, como a constituição de uma família, por exemplo. Alguns ainda mal compreenderão as razões que levaram você a abdicar das suas conquistas e a seguir em busca de algo que realmente seja condizente com seus ideais.
Não há como explicar às pessoas aquilo que realmente importa para nós e pelo qual vale a pena lutar e realizar grandes mudanças. Mas, quando nos damos conta daquilo que realmente importa… quando nos damos conta daquilo pelo qual realmente vale lutar e investir nossos esforços… quando nos damos conta daquilo que realmente nascemos par fazer… se estivermos dispostos a arriscar, nada poderá nos impedir.
Dar o grande passo e realizar as primeiras ações para iniciar um novo ciclo requer motivação constante.
Importante destacar que a nova jornada nem sempre será fácil. Reconstruir uma carreira, pautada em novos valores, especialmente se esses valores forem na contramão de como funciona a sociedade materialista e consumista, requererá muita perseverança, motivação constante e a certeza de que independentemente do tempo que leve até colhermos os frutos do nosso trabalho, nossa jornada terá valido a pena.
Nesse novo ciclo haverá dias mais fáceis que outros, mas, se estivermos dispostos a semear boas sementes, cultivando-as bem, elas irão germinar, revelando os primeiros brotos.
Subir uma nova montanha requer muita disposição e paciência. Garanto que o aprendizado da paciência é fundamental. Quando nos tornamos aliados dela, a vida toma novas cores, muito mais belas e sutis. Passamos a valorizar e a apreciar mais o momento, o agora. Passamos também a compreender que tudo flui no tempo certo.
A ansiedade vem da necessidade do ser humano em competir, em querer sair à frente para garantir o seu lugar ao Sol, em querer mostrar para si e para os outros que está realizando algo. Mas, acredite, o Sol existe para todos, e aquilo que é seu ninguém tomará de ti, contando que seja perseverante.
E, quando os primeiros frutos do novo ciclo, na nova montanha, aparecem, só temos a agradecer e comemorar por termos escolhido um caminho melhor, o da felicidade e da satisfação pessoal.
Muitas pessoas chegam ao final da vida tristes por não a terem vivido da maneira que queriam, arrependendo-se das atitudes que não tomaram, de não terem arriscado e não viverem as experiências que queriam viver.
Se pararmos para pensar, por muito tempo houve e ainda há quem incentive as pessoas a não arriscar, a optar pelo que é mais seguro, e talvez cômodo, para garantir um salário na conta ao final do mês e ter o suficiente para o pagamento do aluguel.
Desculpe ter que dizer isso, mas uma vida vivida em função de pagar contas e trabalhar em algo que não te deixa feliz é uma vida em grande parte desperdiçada. Pois, se trabalharmos, por exemplo, oito horas por dia, cinco dias por semana, teremos dedicado em um mês 120 horas fazendo algo que nos desagrada. Você se imagina uma vida inteira em uma rotina de infelicidade? Espero que não.
Grandes decisões requerem coragem. Ser feliz é uma escolha. E a decisão só depende de você.
E aí, qual o seu propósito?
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Namastê!
Fernando Vidya